sexta-feira, 30 de abril de 2010

A morte do pensamento de esquerda e as coligações

  O livro registra para sempre o que não pode ser esquecido em nosso país , recoloca a reflexão sobre a eliminação do pensamento de esquerda e de mentes que deixaram de ser brilhantes nos poucos seguntos de um apertar de gatilho. Memórias de inúmeros rostos de pessoas nem tão perigosas invadem o livro criado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, COMISSÃO ESPECIAL SOBRE MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS. Ao ver que a maioria eram jovens com ideais de liberdade de expressão e liberdade política, penso que a luta deles não foi em vão por termos hoje um "estado democrático de direito". Temos direito a imprensa livre, ao voto e a elger nosso candidato, direito a ter um parlamento que pode expressar a vontade do povo, de organizar partidos e expressar nossos pensamentos, etc.  Claro, uma democracia que anda a passos lentos, e esbarra não mais na bala da repressão, mas na corrupção e disputa pelo poder. Tivemos enfim a abertura política, e junto, a abertura de espaços para a corrupção, o crime do colarinho branco, os mensalões e o clientelismo. Abrimos também um espaço para a invasão de mentes mediocres que não estão mais envolvidas com desenvolvimento do nosso país. Mentes deturpadas que querem apenas estar estar no poder. A abertura política permitiu a entrada da esquerda e nos trouxe a perda do pensamento original de esquerda. Atualmente, quase não temos mais  o pensamento de direita, todos querem ser esquerda. E a esquerda tradicional corre o risco de, em breve, não ter mais identidade, como aqueles que morreram e nunca foram homenageados, estamos matando o pensamento de esquerda, não precisamos mais das armas da repressão. O prórpio pensamento da pseudo-esquerda morre aos poucos, é um carrasco de si mesmo, e ainda temos ruas com nomes de generais.


Direito à meomória e à verdade
Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, 
COMISSÃO ESPECIAL SOBRE MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS

Um comentário:

  1. Temos direito a uma imprensa livre... e daí? A grande mídia de massa é tudo menos livre! Qualquer jornalista ou articulista é mais censurado pelo patrão que qualquer censura na ditadura militar. Temos a internet... e daí? Ta dou de barato que a internet possibilita ouvir e ler vozes que estariam caladas. Não basta apontar para o povão e acusar que estes só vêem televisão e futebol, é isso que lhes é mostrado com acesso fácil. Quais as Secretarias de Cultura que têm políticas públicas de cultura e não se bastam em promover calendários de shows? Não basta oferecer o calendário precisa que as pessoas possam ir e voltar. Calendários com entrada franca não faltam, mas quem vai? A burguesia que já está educada e dispõe dos meios para se deslocar. Os calendários talvez precisem entrar nas vilas... e talvez, comecemos a precisar de menos armas de repressão. Talvez, as pessoas indaguem o que é pensamento de esquerda e pensamento de direita, como o mundo se contrói com um ou outro pensamento. Tudo começa por uma Cultura que ofereça mais que futebol, shows e televisão. Quem se habilita?

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