quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Gestão Publica no Esporte

A falta de atividade física proporciona uma redução no desempenho físico, na capacidade de concentração e indisposição. Isto atinge a todas as idades. Na 3ª idade estes fatores são agravados. Já a prática de atividade física nos traz energia, melhora o estado geral do funcionamento do corpo, prevenindo doenças, principalmente cardíacas e de estrutura óssea. A prática de atividade produz uma substância chamada endorfina que melhora o bem-estar e aumenta a auto-estima.
A sociedade atual caminha para uma conscientização do bem estar psíquico e corporal. Alertas constantes na mídia lembram a população a respeito do elevado nível de stress e obesidade, osteoporose e o alto risco de ataques cardíacos. Preparar a população para uma consciência da atividade física passa a ser primordial.
Por uma questão de saúde pública, toda a organização e implantação de estruturas e programas voltados a essa atividade, precedem de um trabalho altamente técnico e especializado, seguindo princípios morais e éticos. A gestão pública no esporte esta relacionada com o corpo humano, a formação infantil, a prevenção de doenças, espaços públicos de esporte e lazer e espetáculos esportivos. Portanto, ter uma boa gestão requer; orçamento, leis, planejamento, recursos humanos e acima de tudo uma grande vontade política dos governantes.
Canoas é uma das únicas cidades da Região Metropolitana (exceto a capital) que tem duas grandes e ótimas faculdades de Educação Física. Profissionais estão saindo para o mercado com titulação, trazendo novidades e ânimo a nossa comunidade. O poder público precisa estimular a formação acadêmica incentivando nossos profissionais que serão os futuros gestores. Para isso, é necessária uma linha político filosófica de ação.
Não podemos fugir do pensamento filosófico para os assuntos humanos apenas por circunstâncias históricas, ou suas bases políticas não teriam se alterado ao longo dos anos. A gestão pública no esporte e lazer estabelece as diretrizes políticas e o rumo deste segmento da sociedade. Definitivamente o seu grau de importância precisa ser levado em conta, pois influencia demasiadamente na qualidade de vida e desenvolvimento humano de um município.
O Professor Saldanha, acerta em dizer, já em 2001 que: “É necessário melhorar na cultura política a discussão e priorização na área do esporte e lazer. As políticas esportivas e as vivências de lazer, por ser um direito constitucional e fazer parte da vida cotidiana do cidadão  necessita atenção dos fóruns de políticas públicas, como tem as políticas de educação, saúde, habitação, segurança, etc.
A carência de políticas públicas de esporte e lazer tem possibilitado o surgimento de ações isoladas de setores da sociedade, os quais muitas vezes não possuem uma concepção filosófica e pedagógica definida.
Outro grande desafio é a qualificação dos órgãos gestores como o aumento da sua capacidade técnica, o aperfeiçoamento dos instrumentos de gestão, a formação e capacitação dos recursos humanos, o aumento da capacidade de mobilizar os recursos públicos de maneira mais eficiente e o desenvolvimento de habilidades gerenciais que contribuam na viabilização das novas atribuições do município”.
Um grupo de crianças de 5 anos acompanhados pelos responsáveis brincando na praça, um grupo de jovens de 16 anos jogando futsal em uma quadra, uma escolinha pré-desportiva num campo de futebol, uma equipe competitiva treinando para um campeonato em um ginásio, uma aula de ginástica para a 3ª idade, um grupo de pessoas correndo, outro grupo de bicicleta e outras atividades físicas deve ser uma realidade presente nos parques e equipamentos esportivos urbanos.
As gerações futuras não podem deixar de ter esta oportunidade. Para que tenhamos serviços públicos bem prestados é necessária uma política de geração de memória pública nos Programas de esporte e lazer e fazer com que o dinheiro enviado pelo município à União volte através de financiamento de programas pelo Ministério do Esporte e outros afins.

Texto de Ricardo Gomes Ribeiro

domingo, 11 de janeiro de 2009

Totalitarismo

Com efeito para Arendt, o poder político resulta de um consenso público; para Focualt o poder é um conjunto de operações, mecanismos e instituições, que se espalham por toda a sociedade; para Leford, o poder político é simbolico, é o pólo de referencia no qual uma sociedade dividida em classes busca a imagem de sua unidade, realizando o trabalho dos conflitos que a dividem.
Totalitarismo é um termo que representa uma ideologia e prática política caracterizada pela total subordinação dos indivíduos aos interesses do Estado. Num regime totalitário o Estado possui poderes absulutos sobre toda a vida política, social, cultural, religiosa e econômica. O totalitarismo foi particularmente visível nas ditaduras europeias surgidas após o final da Primeira Guerra Mundial, constituindo uma das características principais do fascismo, do nazismo, do franquismo, do salazarismo e do comunismo soviético.
Conforme Hannah Arendt o momento (na Rússia em 1929, ano do que se costuma chamar de “segunda revolução”, e na Alemanha em 1933) parecia apropriado para olhar os eventos contemporâneos com a retrospecção do historiador e com o zelo analítico do cientista político, a primeira oportunidade para tentar narrar e compreender o que havia acontecido — não ainda sitie ira et studio, e sim com desgosto e pesar e, portanto, com certa tendência à lamentação, mas já sem a cólera muda e sem o horror impotente. Era, pelo menos, o primeiro momento em que se podia elaborar e articular as perguntas com as quais a minha geração havia sido obrigada a viver a maior parte da sua vida adulta: O que havia acontecido? Por que havia acontecido?

sábado, 10 de janeiro de 2009

Sistema de Mérito no Serviço Público

Encontra-se em processo de transformação. Muito disso é devido a internalização dos preceitos de cidadania, novas técnicas de gerenciamento e um grande número de informações que chegam ao serviço Público. Como contraponto ao sistema vigente, apresenta-se o método do sistema de mérito no âmbito administrativo, como base para a ampliação da motivação cotidiana do funcionário, melhorando o aproveitamento dos recursos humanos e uma otimização dos processos de gerenciamento do capital humano, principal ativo de uma organização público ou privado.
A questão do mérito em ambientes funcionais sempre foi muito polêmica no Brasil. Na verdade este tema é pouco estudado em nosso país. Os motivos reservam-se a questões históricas da administração no Brasil. No início do século passado a administração pública estava ligada a questão de solidariedade social. A partir da década de 30 foram montadas as primeiras regras do serviço público organizado, mas predominou na época o modelo burocrático, deixando de lado por exemplo: a administração mais moderna como elemento administrativo motivacional, planejamento por objetivos e de investimento nos recursos humanos.
Mesmo após a II Guerra quando os conceitos de qualidade e produtividade foram implementados no mundo, no Brasil os avanços foram limitados. Somente a partir de 1970 é que se deu um pequeno progresso nesse sentido. Já nos anos 90 buscou-se uma maior eficiência administrativa no serviço público. Mas atualmente a dinâmica burocrática ainda predomina caracterizada por pouco dinamismo, lentidão e centralismo. O baixo nível de motivação a neutralização de iniciativas individuais, a insatisfação do cidadão-usuário, sistema de ascensão funcional pouco definido, são fatores que caracterizam a administração pública atual.
A questão da motivação humana no trabalho, especificamente no universo do servidor público é bem mais ampla do que um simples aumento do salário. Destacam-se nessa questão: modernização, melhoria dos padrões funcionais, utilização produtiva do potencial de trabalho, melhoria dos padrões de auto-aperfeiçoamento, diminuição dos casuísmos, tratamento diferenciado para potencial individuais, administrar voltado para o alto padrão de qualidade.
Um projeto de mudança da promoção por mérito passa por esses princípios básicos, que irão nortear a preservação do grande recurso que a administração pública tem que é o ser humano.

Jogos Olímpicos 2008

O Corpo na China Olímpica
Paulo Ghiraldelli Jr.



O materialismo de Marx se imaginava sofisticado por não remeter a idéia de “matéria” à de “físico”. Afastando-se da “biologia”, Marx pensava ter dado um passo além da doutrina dos materialistas do século anterior ao dele. A “materialidade” de Marx se fez voltada para uma noção que apanhava as relações dos homens entre si e com o mundo que uma noção ligada à fisiologia ou à mecânica.

Os frankfurtianos quiseram devolver o corpo físico ao materialismo. Ou melhor, eles desejaram fazer o materialismo não deixar de lado o corpo físico. A dor e o prazer (sexual) foram tomados por eles como temas, e chegaram a acusar Marx de “ascetismo burguês”. Mas é difícil não ver em Adorno e Horkheimer o mesmo ascetismo que enxergaram em Marx, ainda que tenhamos em conta suas denúncias a respeito de como que o materialismo marxista – para não dizer toda a filosofia – fugia do problema de lidar com as sensações e com o sentimento.

Creio que foi Foucault o filósofo que devolveu o corpo físico ao materialismo (e Donald Davidson, em outro sentido). Em uma entrevista célebre, ele lembrou que seu materialismo lhe parecia mais radical que o de Marx exatamente por não se esquecer do corpo. Somos materialistas? Então, que sejamos mesmo! Vamos ao que temos de “matéria” – o corpo. Foi isso que ele disse. Foucault não via uma razão para deixar o corpo físico na cama da clínica médica que fosse maior que aquela razão que nos permitiria trazer o corpo físico para cima da escrivaninha do filósofo.

Foi assim que Foucault criou as noções e “bio-política da população” e “anátomo-política do corpo”. A biologia e a anatomia voltaram para a cena filosófica. Mas em um sentido inovador e inédito. Todavia, após Foucault, tivemos um refluxo.
(...)A questão do ano de 2008 que envolve o tema do corpo, entrelaçado com a ética e com a política, é aquela ligada aos Jogos Olímpicos da China. Posturas corporais que colocam o relógio em segundo plano estão em confronto com aquelas posturas que antes de elegerem o relógio como um deus tomam o corpo como relógio. A China que aliou “ditadura comunista” com “alta produtividade capitalista” defende este modelo, enquanto que o Tibet, incrustado nessa China, defende o primeiro modelo.

Assim, dois tipos de corpos estão em postos para o confronto. Mas não é só neste plano que o corpo aparece e se põe como centro. É que o corpo é “operado” para se colocar no âmbito da disputa ética (sim, se trata de opções por diferentes ethos) e política em questão. Como? De uma forma bastante imaginativa: os grandes campeões que irão participar dos jogos resolveram colocar seus corpos – que todos querem ver – à disposição do público, mas sem as suas cabeças. No lugar das cabeças que pertencem aos seus corpos, aparecem cabeças de dissidentes chineses. O corpo sofre mutação fotográfica para que o protesto em favor do Tibet e da liberalização do regime se faça presente.

Alguém menos atento pode acreditar que isso nada é senão o velho e bom fenômeno da “entrada da política (democrática) nas quadras, campos, piscinas e pistas”. Nesse caso, seria a repetição de tipos de situações como a de Jesse Owens derrotando o atleta de Hitler, ou como aquela dos negros americanos cerrando os punhos em favor de respeito racial e, também, a dos boicotes de Comitês Olímpicos Nacionais contra a URSS (para se por contra o desrespeito a Direitos Humanos do comunismo) e contra a África do Sul (pelo fim do regime do Apartheid). Todavia, não vejo assim o modo do protesto dos atletas atuais contra o regime da China.

O que os atletas realizaram ao trocar as cabeças de seus corpos é simples, mas nunca foi feito antes! É a primeira vez que se está usando do corpo para se mostrar a dupla identidade, sem qualquer referência explícita às idéias. As idéias são pressupostas, não precisam aparecer. Nem há gestos (o punho fechado, dos negros, era um gesto que sempre veio junto com o movimento operário). O que precisa aparecer, agora, é a dupla identidade. Cada atleta é o que é o seu corpo, mais do que qualquer um de nós, talvez. Como possuem corpos em constante exposição, são bastante inconfundíveis aos aficionados dos esportes (que não são poucos). E, então, podem trocar de cabeças e, ainda assim, garantirem suas identidades. Parte do corpo, a cabeça, o “lugar das idéias”, é de um dissidente; e parte do corpo, a que funciona para o espetáculo olímpico, continua ali pronta para o espetáculo olímpico. O que cada atleta está dizendo é que ele tem a cabeça do dissidente, enquanto que o corpo continua respeitando os jogos.

Assim, não é necessário boicote. Não é necessário gestos ou faixas ou protestos na hora do evento. Basta agora, antes do evento, ocorrer a fusão, a dupla identidade. Cada um é submetido à cirurgia de troca de cabeças. Nem mesmo é utilizado o photoshop, é a pura colocação da foto do dissidente na frente do rosto, deixando o corpo atlético bem inconfundível à mostra.

Tal mensagem não é exclusivamente inteligente, ela é, também, sinal dos tempos. No passado, não a entenderíamos. Mas agora, que a identidade foi transferida do campo dos discursos abstratos para o discurso emitido pelo corpo, fica fácil entendermos o recado. Antes, pareceria uma brincadeira confusa. Hoje, é bem fácil saber que cada dissidente se tornou atleta e que estará no centro das quadras, pistas, piscinas e campos. Na festa do corpo, o corpo dita quem vai fazer o espetáculo o que será visto como espetáculo – não é fantástico?

O materialismo de nossos tempos trouxe o corpo para o palco central. E onde o materialismo de Marx já foi de todo deturpado, desde o início, nada melhor que um pouco de materialismo (ainda que não marxista) para irritar o Poder. Na China Olímpica de 2008 nossa inteligência de e para o protesto seguiu o corpo.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

A Verdade

"(...) Buda diz: ‘Não existe verdade nos Vedas nem nos Upanishads. Cuidado com palavras bonitas! Cuidado com especulações filosóficas! Não desperdice seu tempo com lógica. Fique em silêncio! Jogue fora os Vedas de sua cabeça; somente assim você consegue ficar em silêncio.’ Ele parece negativo, ele parece nihilista, perigoso – mas esta é a única maneira que você pode ser ajudado.
O falso tem que ser mostrado a você como falso. Você tem que começar com isto: neti neti – nem isto nem aquilo. O Mestre tem que dizer a você: ‘Isto é falso e aquilo é falso.’ Ele tem que continuar apontando para você tudo o que for falso, porque quando você souber tudo o que for falso, de repente uma transformação acontece em sua consciência. Quando você se tornar consciente do que é falso, começará então a ficar consciente do que é verdadeiro.
Não se consegue ensinar o que é a verdade, mas certamente se consegue ensinar o que não é a verdade. Você foi condicionado; você pode ser descondicionado. Você foi hipnotizado – como hindu, muçulmano, cristão, jaina... A função do Mestre é desipnotizá-lo. Uma vez que você seja desipnotizado, de repente será capaz de ver a verdade. A verdade não precisa ser ensinada. (...)”

OSHO - The Book of the Books

Jogar para aprender

Elemento de máxima importância no aprendizado.

Atualmente Ensinar o esporte através de jogos, tornou-se um conceito viável. Teoria aplicável em qualquer modalidade onde o jogo é o ponto central do desporto, principalmente nas modalidades coletivas. Além disso, temos também diversos valores psicológicos e sociais embutidos, que só o jogo nos proporciona.
Não só o handebol mas todos os esportes coletivos tornam-se reflexos de nossa cultura e de nossa sociedade. Podemos dizer que se desenvolvem a partir de elementos sociais. Hoje estamos nos afastando do conceito de condicionamento, submetido a técnica. Uma inversão no aprendizado se dá mais pela tendência da construção a partir do indivíduo e de uma relação mais humana e aberta entre professor-aluno.
Atualmente as crianças das grandes cidades diferem das crianças de anos anteriores, novas possibilidades culturais estão presentes na vida e no dia-a-dia infantil, como: Posições e posturas que são adotadas pelo presente avanço tecnológico; o menor número de espaços lúdicos e de lazer; o tempo já preenchido desde cedo com atividades intelectuais ou de pouca movimentação corporal; e até mesmo a forma tecnicista de aprendizagem impregnada pela competição exacerbada, e pelo treinamento precoce nos clubes e escolas. Todo este contexto levam as crianças a pularem fases de desenvolvimento motor, livre e criativo.
Entre vários conceitos e metodologias de aprendizagem existentes, percebemos que o aprendizado através do jogo vem ao encontro do que solicita o handebol moderno, considerando que o número variado de procedimentos que o jogo exige é infinitamente grande, e o número de possibilidades para solucionar problemas apresentados nas diversas situações, requer uma decisão rápida, que só será executada se este aprendizado passou pela liberdade de ação.
Para BAYER(1986), as situações propostas no jogo devem corresponder as possibilidades do aluno e devem comportar os elementos essenciais que permitam modificar-se. No centro destas realidades concretas propostas pelo educador, o jogador como ser atuante ou dotado de intenções, obterá informações destinando-lhes significados novos em função dos objetivos esperados.
Estes significados novos futuramente irão se tornar elementos dos fundamentos do jogo. As modificações esperadas durante o processo, são importantes elementos da evolução da aprendizagem, já que nelas estão imbutidas a descoberta por parte do aluno das soluções frente as dificuldades apresentadas.
O educador deve ser sensível a elementos de contextos calorosos e motivantes que afetam de forma diversa o processo de aprendizagem e num determinado contexto, que cada um tem a impressão que as idéias, sentimentos e pontos de vista deverão ter um sentido e um valor. Torna-se necessário que a criança adquira a idéia que tudo o que é aprendido não é exterior e estranho a ela. Este sentimento é adquirido, logo que a criança perceba que sua contribuição e seu valor pessoal são verdadeiramente apreciados. NETO (1995).
A criança sempre exercerá o jogo com suas regras, com sua visão e com seu espírito lúdico. Os profissionais do ensino revelam-se inadequados quando subestimam a criatividade das crianças ao achar que se elas não estão dentro das regras tecnicistas não estarão aprendendo.

Trecho do livro "A Iniciação ao Handebol"
Ricardo Gomes Ribeiro

CEGUEIRA TEMPORÁRIA

"Não culpe as pessoas,
Algumas precisam de você.
Tente despertar em si,
A alegria que ainda falta.
E saiba mais sobre as pessoas.
Algumas ainda estão,
Temporariamente,
Cegas."

Trecho Do livro
SINAIS DO AMANHÃ
Felipe Szyszka Karasek

O Segundo Mundo

O mundo vive um momento de grande transição econômica e política. Os centros econômicos mundiais se movimentam aceleradamente. As transferências de poder econômico tendem a ter uma mudança geográfica e política. A crise de identidade humana ajuda a transformar este quadro. O homem volta-se para a questão ecológica e repudia países que não se comprometem com a questão. A sustentabilidade vai andar junto com a economia.
O poder de controle financeiro mundial pelos americanos deve diminuir nessa transição. Atualmente já temos um desmembramento desse controle. Após o plano Marshall o crescimento econômico Europeu passou a ser importante no contexto mundial, e a cada ano mais países agregam-se a União Européia. Juntamente com a China que opós a abertura política e econômica, apresenta um crescimento assustador torna-se uma economia central asiática juntamente com o Japão. Com esses três blocos econômicos já temos uma divisão do controle econômico mundial, saindo da exclusividade americana.
Outros países e outros blocos econômicos dão sinais de crescimento, mesmo que ainda não tenham atingido um desenvolvimento social e político satisfatório. A Rússia, o Brasil, a África do Sul e a Índia formam seus blocos econômicos em diferentes partes do mundo. As empresas transacionais dos blocos mais importantes ajudam neste setor. A facilidade de transporte e comunicação, a quebra de fronteiras econômicas, o avanço desenfreado da tecnologia, bem como a própria globalização contribuem para este cenário. Não há nada que as grandes potências econômicas podem fazer para impedir este crescimento. A história nos mostra, a ascensão e quedas das potência ao longo dos anos.
Mas os Estados Unidos da América não ficarão ausentes como influência, apenas será mais um, não tendo mais o controle do mundo financeiro. Não dominarão o mundo novamente. O máximo que devem fazer é trazer uma estabilidade no Oriente Médio. A tarefa será dividida com países distantes que terão também a sua influência. A grande diferença entre a União Européia e os Estados Unidos, é que a EU não domina, ela disciplina, e ensina isto aos outros blocos econômicos.
Neste contexto a competição desenfreada imposta pelo modelo econômico dominante, o Capitalismo, deve dar lugar a igualdade social e a consciência ecológica. Uma mudança na paisagem das grandes cidades vai ocorrer em breve. A vida e o meio ambiente serão mais importantes do que o ganho financeiro. As cidades quase imobilizadas pelo transito, a emissão de gases, a alimentação industrializada, a falta de água potável, o desmatamento, a reciclagem de lixo, e as novas fontes de energia, deverão ser o centro das atenções e foco do ser humano nos próximos séculos. A próxima corrida será pela salvação do homem e do planeta.

Reservas de petróleo da área Pré-sal

Uma imensa área de petróleo é encontrada no Brasil, resultado do esforço do governo que nunca desistiu e acreditou que seria possível esta descoberta. Além dessa grande novidade, o anúncio e a discussão de onde investir este lucro, nos deixa esperançosos quanto ao futuro de nosso país, numa época recheada por notícias de escândalos políticos.
Após um grande investimento em pesquisas e tecnologia para melhorar a exploração de petróleo no Brasil, cerca de 50 bilhões de reais foram investidos, finalmente festeja-se a descoberta de uma grande área de reserva de petróleo. Uma reserva profunda, cerca de 5000 a 7000 metros de profundidade, abaixo da camada pré-sal, que pode ter 2000 metros de espessura em alguns pontos. Localizado em nosso litoral com pontos que vão do Espírito Santo a Santa Catarina.
Além do dinheiro aplicado para efetivar esta descoberta da, serão necessários ainda um grande investimento em outros setores essenciais à exploração e ao desenvolvimento, serão necessários implementar a Industria naval, refinaria, siderurgia, bens de capital e serviços. Certamente teremos um quadro favorável para a economia nos próximos anos.
De todos os pronunciamentos, percebe-se uma única fala. Os principais Ministro e nosso Presidente, deixam claro que a idéia é a de um forte investimento na educação. O Ministro Guido Mantega, a Ministra Dilma Russeff, o Minisro Fernando Haddad e o Presidente Lula, afirmam categoricamente que o Brasil terá um investimento de 6 a 7 % do PIB na educação, a Unesco recomenda 6% e o Brasil investe 4% atualmente.
Se isto realmente acontecer, seremos em breve uma nação, pelo menos, com melhores índices de investimento na educação, se isto irá modificar a realidade brasileira, vai depender de uma política cuide desses recursos e faça chegá-los a quem precisa; os nossos estudantes.
Um Fundo Soberano também é discutido, este fundo teria a função de assegurar o investimento no setor educacional, e garantiria o aporte financeiro para as próximas gerações. Também teremos um resultado direto no setor fiscal nos próximos anos, bem como nossa balança comercial terá uma lucratividade importante. Segundo o Ministro Mantega, estima-se cerca de três vezes superior ao resultado atual.
Podemos dizer que a reserva “pré-sal “ pode ser apenas uma das boas notícias quanto a descoberta de recursos naturais. Quem sabe teremos novas notícias em breve, pois percebe-se que o país finalmente faz jus sua imagem de abundância em riquezas naturais. Talvez seja nosso grande aliado do futuro e finalmente consigamos resolver velhos problemas sociais.