A falta de atividade física proporciona uma redução no desempenho físico, na capacidade de concentração e indisposição. Isto atinge a todas as idades. Na 3ª idade estes fatores são agravados. Já a prática de atividade física nos traz energia, melhora o estado geral do funcionamento do corpo, prevenindo doenças, principalmente cardíacas e de estrutura óssea. A prática de atividade produz uma substância chamada endorfina que melhora o bem-estar e aumenta a auto-estima.
A sociedade atual caminha para uma conscientização do bem estar psíquico e corporal. Alertas constantes na mídia lembram a população a respeito do elevado nível de stress e obesidade, osteoporose e o alto risco de ataques cardíacos. Preparar a população para uma consciência da atividade física passa a ser primordial.
Por uma questão de saúde pública, toda a organização e implantação de estruturas e programas voltados a essa atividade, precedem de um trabalho altamente técnico e especializado, seguindo princípios morais e éticos. A gestão pública no esporte esta relacionada com o corpo humano, a formação infantil, a prevenção de doenças, espaços públicos de esporte e lazer e espetáculos esportivos. Portanto, ter uma boa gestão requer; orçamento, leis, planejamento, recursos humanos e acima de tudo uma grande vontade política dos governantes.
Canoas é uma das únicas cidades da Região Metropolitana (exceto a capital) que tem duas grandes e ótimas faculdades de Educação Física. Profissionais estão saindo para o mercado com titulação, trazendo novidades e ânimo a nossa comunidade. O poder público precisa estimular a formação acadêmica incentivando nossos profissionais que serão os futuros gestores. Para isso, é necessária uma linha político filosófica de ação.
Não podemos fugir do pensamento filosófico para os assuntos humanos apenas por circunstâncias históricas, ou suas bases políticas não teriam se alterado ao longo dos anos. A gestão pública no esporte e lazer estabelece as diretrizes políticas e o rumo deste segmento da sociedade. Definitivamente o seu grau de importância precisa ser levado em conta, pois influencia demasiadamente na qualidade de vida e desenvolvimento humano de um município.
O Professor Saldanha, acerta em dizer, já em 2001 que: “É necessário melhorar na cultura política a discussão e priorização na área do esporte e lazer. As políticas esportivas e as vivências de lazer, por ser um direito constitucional e fazer parte da vida cotidiana do cidadão necessita atenção dos fóruns de políticas públicas, como tem as políticas de educação, saúde, habitação, segurança, etc.
A carência de políticas públicas de esporte e lazer tem possibilitado o surgimento de ações isoladas de setores da sociedade, os quais muitas vezes não possuem uma concepção filosófica e pedagógica definida.
Outro grande desafio é a qualificação dos órgãos gestores como o aumento da sua capacidade técnica, o aperfeiçoamento dos instrumentos de gestão, a formação e capacitação dos recursos humanos, o aumento da capacidade de mobilizar os recursos públicos de maneira mais eficiente e o desenvolvimento de habilidades gerenciais que contribuam na viabilização das novas atribuições do município”.
Um grupo de crianças de 5 anos acompanhados pelos responsáveis brincando na praça, um grupo de jovens de 16 anos jogando futsal em uma quadra, uma escolinha pré-desportiva num campo de futebol, uma equipe competitiva treinando para um campeonato em um ginásio, uma aula de ginástica para a 3ª idade, um grupo de pessoas correndo, outro grupo de bicicleta e outras atividades físicas deve ser uma realidade presente nos parques e equipamentos esportivos urbanos.
As gerações futuras não podem deixar de ter esta oportunidade. Para que tenhamos serviços públicos bem prestados é necessária uma política de geração de memória pública nos Programas de esporte e lazer e fazer com que o dinheiro enviado pelo município à União volte através de financiamento de programas pelo Ministério do Esporte e outros afins.
Texto de Ricardo Gomes Ribeiro
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