sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A CRISE NA EDUCAÇÃO MODERNA SEGUNDO HANNAH ARENDT

"[...] A pensadora política Hannah Arendt, foi uma mente reflexiva que se arriscou a pensar a educação e seus problemas na modernidade. Assim, a proposta deste artigo é rastrear a reflexão arendtiana sobre a educação moderna, apresentando: a constatação da crise educacional e sua ligação com o mundo moderno; a educação na América como exemplo de uma realidade de crise; os elementos estruturais desta educação; o que gerou a crise e como podemos lidar com este fato."
Prof. João Loyola de Freitas*

"[...] Esse caráter, tipicamente americano, de desejo pelo novo, que dá uma singular importância política à educação, não deve ser confundido com o uso da educação como instrumento da política, ocorrido na Europa. Foi a partir de uma forte influência rousseauniana que a modernidade em muitos lugares, mas principalmente na Europa, assumiu uma perspectiva de que as crianças são a esperança da realização dos ideais políticos de uma sociedade, e foi assim que a educação ganhou esse caráter de instrumento político. Arendt expõe o equivoco de tal atitude: “A educação não pode desempenhar papel nenhum na política, pois na política lidamos com aqueles que já estão educados” (ARENDT, 2005, p. 225). Ao tentar utilizar os jovens para criar uma nova realidade política o que ocorre é a manutenção do status quo. O novo é indeterminado e isso só se dá na liberdade, do contrário é doutrina, é ditadura. Tanto educar os adultos como incumbir os jovens da atividade política é um equivoco. Educar adultos é na verdade persuadi-los, coagir “sem o uso da força” (ARENDT, 2005, p. 225). Impor um mundo idealizado aos jovens é perpetuar o velho mundo [...]."
Leia o artigo na íntegra.

* Graduado em Filosofia pela Pontífice Universidade Católica de Goiás (PUC – GO), Goiânia, Goiás – Brasil e Professor do Colégio Estadual Presidente Costa e Silva ( CEPCS), Goiânia, Goiás – Brasil. Email: joaolfpas@hotmail.com
* ARENDT, Hannah. A crise na educação. In: Entre o passado e o futuro. Tradução Mauro W. Barbosa de Almeida. 3ª reimpressão da 5ª ed. de 2000. São Paulo: Perspectiva, 2005.
Publicado em:
A crise na educação moderna segundo Hannah Arendt – João Loyola de Freitas.
Griot – Revista de Filosofia, Amargosa, Bahia – Brasil, v.2, n.2, dezembro / 2010.

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