quarta-feira, 8 de junho de 2011

70 anos de Olívio Dutra

Em uma entrevista de quem lutou pela democracia e construiu um grande partido, Olívio diz não ao "toma lá da cá" e às coalizões da atual política, que acomoda o sistema político e engessa a administração pública. Olívio lembra, e ressalta, que a origem do partido foi pautada pela luta dos trabalhadores. A entrevista repercutiu em larga escala pelos blogs e colunas políticas, pois Olívio Dutra esclarece sobre a dificuldade do país avançar em muitas questões como: educação, reformas políticas e fiscais. As coalizões levam o partido ao poder, porém, não avançam em suas ações de transformações sociais. A declaração dessa grande personalidade, que é uma referência do pensamento político  nacional, vai contra diversas  posições assumidas pelos líderes e governantes do PT Brasil afora, seguidores dessa conjuntura, que já se tornou uma prática, assumida por todos os partidos que chegam ao poder. Na opinião de Olívio, o PT precisa mudar essa conjuntura.


07/06/2011. Leia entrevista de Olívio Dutra ao Jornal do Comércio, na semana em que o ex-governador e ex-presidente do PT gaúcho completa 70 anos. Olívio foi aclamado presidente de honra do partido no estado pelo Diretório Estadual. Aqui ele fala de PT, governos Tarso e Dilma e de sua trajetória política, relatando episódios de sua formação no sindicato, na Igreja e no movimento estudantil.
Publicado pelo Jornal do Comércio de 6 de junho de 2011.Entrevista concedida aos repórteres Ana Paula Aprato e Guilherme Kolling.

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Jornal do Comércio - Tarso formou uma boa base (PT, PSB, PCdoB, PDT, PTB, PRB e PR). Essa coalizão é o principal mérito do governador?
Olívio - Acho que isso não é mérito pessoal, é uma conjuntura que vai desabrochando. E tem riscos. O governo Lula, com sua composição, não conseguiu fazer a reforma política nem a tributária, nem a reforma agrária nem a urbana. Um governo de composição ampla acaba não podendo fazer e empurra adiante. Tem um conforto, mas ao mesmo tempo engessa. É uma contradição permanente. A questão da governabilidade tem também coisas que não se pode fazer. Mas não se pode conformar com o pragmatismo político...
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